Filosogames: Super Mario e o utilitarismo

"Mario é convocado mais uma vez para salvar a princesa do terrível Bowser, para isso, ele terá que viajar por todos os territórios imagináveis e enfrentar as piores ameaças para salvar a donzela indefesa"

Essa é basicamente a premissa básica de todos os jogos da serie do encanador bigodudo. Além de ser uma continuação da mais que antiga história, do homem que derrota a besta para salvar a donzela, ou o cavaleiro que derrota o dragão para salvar a princesa (em termos medievais, os jogos de Mario nos levam a uma pergunta, que acredito que poucos já se perguntaram; o que Mario faz é moralmente correto? Dizimar centenas de criaturas aparentemente pacificas e naturais, somente para salvar uma princesa, e algo moralmente superior ao atos de Bowser?

Mario é um idealista, buscando um resultado moral e feliz para suas ações, o mesmo comete um genocídio durante as suas aventuras para salvar a princesa, que no final o que importa e o resultado de suas ações, e se esses resultados geram felicidade.

John Stuart Mill

O utilitarismo é uma filosofia ética que promove o resultado qualitativo de uma ação, se os nossos atos geram consequências que trazem felicidade, isso é bom. Se nossos atos, ao contrário, causarem a maldade e infelicidade, isso é mal. O utilitarismo é uma filosofia dualista, que necessariamente vê o mundo dividido entre "bem e mal", mas em questão de resultados filosóficos que causem ou não prazer, se assemelhando ao Hedonismo. Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema político, legislação, justiça, política econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc.

Mas sera que isso é válido?

A morte de centenas de cogumelos e centenas de outras especies é realmente necessária para salvar uma princesa? 
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"Mario é convocado mais uma vez para salvar a princesa do terrível Bowser, para isso, ele terá que viajar por todos os territórios imagináveis e enfrentar as piores ameaças para salvar a donzela indefesa"

Essa é basicamente a premissa básica de todos os jogos da serie do encanador bigodudo. Além de ser uma continuação da mais que antiga história, do homem que derrota a besta para salvar a donzela, ou o cavaleiro que derrota o dragão para salvar a princesa (em termos medievais, os jogos de Mario nos levam a uma pergunta, que acredito que poucos já se perguntaram; o que Mario faz é moralmente correto? Dizimar centenas de criaturas aparentemente pacificas e naturais, somente para salvar uma princesa, e algo moralmente superior ao atos de Bowser?

Mario é um idealista, buscando um resultado moral e feliz para suas ações, o mesmo comete um genocídio durante as suas aventuras para salvar a princesa, que no final o que importa e o resultado de suas ações, e se esses resultados geram felicidade.

John Stuart Mill

O utilitarismo é uma filosofia ética que promove o resultado qualitativo de uma ação, se os nossos atos geram consequências que trazem felicidade, isso é bom. Se nossos atos, ao contrário, causarem a maldade e infelicidade, isso é mal. O utilitarismo é uma filosofia dualista, que necessariamente vê o mundo dividido entre "bem e mal", mas em questão de resultados filosóficos que causem ou não prazer, se assemelhando ao Hedonismo. Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema político, legislação, justiça, política econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc.

Mas sera que isso é válido?

A morte de centenas de cogumelos e centenas de outras especies é realmente necessária para salvar uma princesa? 

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