Histórias de Fantasia são Racialistas? Parte Final - "Disney: O Mundo Encantado do Racismo"
"Canção do Sul" de 1946, lançado somente em VHS, e banido dos cinemas devido ao seus temas racistas
TEXTO DE GABRIEL LIMA

Nas duas ultimas partes dessa série, analisamos histórias de fantasia consideradas adultas. Mesmo "O Senhor dos Anéis" se caracterizando como uma história livre de público, devido a sua complexidade o mesmo é mais apreciado por uma audiência adulta. Mas e quanto as histórias voltada para as crianças? Elas estimulam o pensamento racista?

Hoje em dias as Histórias de fantasia voltadas para crianças tem se concentrado nos filmes de animação, principalmente das duas gigantes do ramo, Disney e Dreamworks. Ambas americanas, destilam ideologias estadunidenses para o mundo todo, focando o publico infantil. A mais antiga delas, a Disney tem um histórico obscuro quanto ao racismo. Várias produções da empresa, principalmente pré década de 50, possuíam temas e narrativas racistas com personagens estereotipados. Embaixo listamos alguns desses

CANNIBAL CAPERS, 1933 (DISNEY)



Neste curta animado da Disney, nativos africanos são demonstrados como selvagens e canibais. A sua constituição física também degradante, da uma impressão de "deformação" e exacerbação de determinadas características, como as barrigas grandes, e os beiços desproporcionais. Esse desenho foi feito em uma época onde as ideias racialistas ainda eram muito fortes. Nos Estados Unidos ainda se mantinha o regime de segregação aos negros no sul e em vários outros estados. Em países da Europa cresciam cada vez mais as ideologias raciais, não somente na Alemanha, como alguns acham.

FANTASIA 1940



No filme Fantasia, a Disney se deu ao trabalho de criar uma raça de Centauros negros com esteriótipos físicos, que serviam os Centauros brancos. Precisa mais do que isso?

DUMBO 1941



Os corvos no filme Dumbo foram propositalmente feitos para lembrarem afro-americanos, no entanto, de forma estereotipada e degradante.

ALADDIN 1992

  
Lançado no contexto da guerra do Golfo Pérsico, Aladdin mostra as populações árabes como salvagens e bárbaros. Em uma das muitas canções do filme, é dita a frase "Where they cut off your ear if they don’t like your face./It’s barbaric, but hey./It’s home” (Onde eles cortam sua orelha se eles não gostarem da sua cara./ É bárbaro, mas ei. É nosso lar).

O LIVRO DA SELVA 1967



No filme O Livro da Selva, a empresa atingiu um grau de escrotidão inimaginável ao demonstrar os macacos no filme, com claros esteriótipos negros, desde o comportamento, até a aparência.

Esses são apenas alguns dos muitos exemplos que podemos dar em relação a racismo em produções infantis de fantasia. Outros produções de outras empresas, e outros países, dispersam ainda esteriótipos para as populações. No entanto, quando essas ideologias são passadas para crianças, o assunto é mais complicado. Incapazes de perceber a intenção por trás de tal imagens, os pequenos apenas absorvem inconscientemente o que está sendo passado. Nada aqui de baboseira sobre mensagens subliminares, que se tornaram famosas na internet, o racismo nessas produções é algo tangível e execrável.

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Histórias de Fantasia são Racialistas? Parte Final - "Disney: O Mundo Encantado do Racismo"

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"Canção do Sul" de 1946, lançado somente em VHS, e banido dos cinemas devido ao seus temas racistas
TEXTO DE GABRIEL LIMA

Nas duas ultimas partes dessa série, analisamos histórias de fantasia consideradas adultas. Mesmo "O Senhor dos Anéis" se caracterizando como uma história livre de público, devido a sua complexidade o mesmo é mais apreciado por uma audiência adulta. Mas e quanto as histórias voltada para as crianças? Elas estimulam o pensamento racista?

Hoje em dias as Histórias de fantasia voltadas para crianças tem se concentrado nos filmes de animação, principalmente das duas gigantes do ramo, Disney e Dreamworks. Ambas americanas, destilam ideologias estadunidenses para o mundo todo, focando o publico infantil. A mais antiga delas, a Disney tem um histórico obscuro quanto ao racismo. Várias produções da empresa, principalmente pré década de 50, possuíam temas e narrativas racistas com personagens estereotipados. Embaixo listamos alguns desses

CANNIBAL CAPERS, 1933 (DISNEY)



Neste curta animado da Disney, nativos africanos são demonstrados como selvagens e canibais. A sua constituição física também degradante, da uma impressão de "deformação" e exacerbação de determinadas características, como as barrigas grandes, e os beiços desproporcionais. Esse desenho foi feito em uma época onde as ideias racialistas ainda eram muito fortes. Nos Estados Unidos ainda se mantinha o regime de segregação aos negros no sul e em vários outros estados. Em países da Europa cresciam cada vez mais as ideologias raciais, não somente na Alemanha, como alguns acham.

FANTASIA 1940



No filme Fantasia, a Disney se deu ao trabalho de criar uma raça de Centauros negros com esteriótipos físicos, que serviam os Centauros brancos. Precisa mais do que isso?

DUMBO 1941



Os corvos no filme Dumbo foram propositalmente feitos para lembrarem afro-americanos, no entanto, de forma estereotipada e degradante.

ALADDIN 1992

  
Lançado no contexto da guerra do Golfo Pérsico, Aladdin mostra as populações árabes como salvagens e bárbaros. Em uma das muitas canções do filme, é dita a frase "Where they cut off your ear if they don’t like your face./It’s barbaric, but hey./It’s home” (Onde eles cortam sua orelha se eles não gostarem da sua cara./ É bárbaro, mas ei. É nosso lar).

O LIVRO DA SELVA 1967



No filme O Livro da Selva, a empresa atingiu um grau de escrotidão inimaginável ao demonstrar os macacos no filme, com claros esteriótipos negros, desde o comportamento, até a aparência.

Esses são apenas alguns dos muitos exemplos que podemos dar em relação a racismo em produções infantis de fantasia. Outros produções de outras empresas, e outros países, dispersam ainda esteriótipos para as populações. No entanto, quando essas ideologias são passadas para crianças, o assunto é mais complicado. Incapazes de perceber a intenção por trás de tal imagens, os pequenos apenas absorvem inconscientemente o que está sendo passado. Nada aqui de baboseira sobre mensagens subliminares, que se tornaram famosas na internet, o racismo nessas produções é algo tangível e execrável.

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