Você já agradeceu suas glândulas sudoríparas hoje?

Quando entro em alguma discussão acerca do pertencimento da raça humana no grupo dos primatas, muitas daqueles que são opositores a essa ideia dizem, "se somos macacos, por que não temos pelos?". Essa pergunta claramente é uma das mais idiotas que já ouvi, mas o fato de que não possuímos pelos é um dos processos mais importantes da nossa evolução, quase tanto como o desenvolvimento do nosso cérebro.

Os cientistas acreditam que o decaimento da quantidade de folículos na derme (pele), teria se dado no mesmo momento do surgimento do bipedalismo (andar em duas pernas). Essa evolução teria se dado ao longo de milhões de anos, e provavelmente chegando a um nível que poderíamos chamar de "pelagem humana" com o Homo Heidelbergensis. Essa substituição de folículos por glândulas sudoríparas, teria sido essencial para a sobrevivência da nossa especie durante um período de grande seca. A seca logicamente traz consigo um desmatamento enorme, o que reduz as sombras e aumenta a incidência de raios solares prejudiciais como as os raios Ultra-violetas. A produção de suor, nos possibilitou uma maior produtividade do tempo nas savanas da Africa, pois agora diferentemente de outros animais, poderíamos balancear e controlar nossa temperatura, através do suor. Isso possibilitou a capacidade dos hominídeos de não sofrerem danos cerebrais pela longa exposição ao sol.

Homo Heidelbergensis


A perda dos pelos também possibilitou a emergência de outras táticas de preservação da pele, como a produção de vitaminas pela pele, que dão origem a pigmentação diferenciada dos seres humanos. A pele negra por exemplo, e extremamente funcional contra os raios solares, e a pele branca, tem maior capacidade de absorção de luz em locais com pouca incidência solar (Norte da Europa e partes da Ásia), o que seria vantajoso como fonte de produção de vitamina D   

Por isso da próxima vez que estiver fazendo um calor daqueles e você começar a suar, agradeça a suas glândulas, e obrigado por ler!!!
Teoria da mente e religião

Os seres humanos são animais sociais, que vivem em pequenos ou enormes grupos dependendo do contexto. Por nossa vida ser voltada a uma interação social constante, o nosso cérebro desenvolveu uma ferramenta extremamente eficaz, mas que no entanto, possui uma grande falha em forma de um sub-produto. Essa falha é o pensamento religioso.,
Para conseguir viver em sociedade é necessário a compreensão de que o outro possui uma mente. Nos seres humanos somos capazes de "divinizar" o outro, e acreditar que ali existe uma mente em trabalho assim como a nossa. O problema é que essa habilidade humana não se restringe a outros seres humanos, e sim para tudo. Somos capazes de imaginar mentes em animais, pedras, no clima e em sentimentos. Essa capacidade de enxergar mentes em todo o mundo que nos circunda, ajudou a construir ao longo das eras a ideia de religião.
Todas as religiões existentes no mundo, sejam elas politeístas, monoteístas ou qualquer outro tipo, compartilham padrões universais. A religião grega antropomorfizava as forças da natureza, colocando assim uma mente humana nos mais diversos elementos. Os deuses gregos eram ciumentos, egoístas, entravam em guerra uns contra os outros e se reproduziam. Essa noção se dava através da teoria da mente. O cristianismo não se difere mesmo possuindo só "um deus". O deus judaico-cristão possui os mesmos atributos de um deus greco romano, antropomorfizado, ciumento e principalmente segundo os que seguem essas religiões, severo em suas punições (mas ao mesmo tempo amável?).
Isso se dá através da nossa noção de que os elementos da natureza possuem uma mente. Essa compreensão está na base de todas as religiões, aqui no Brasil ela se encontra em todos os seguimentos de espiritismo,cristianismo, islamismo, judaísmo, umbandismo e mais uma infinidade de religiões.

Para saber mais!




  

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Teoria da mente e religião