Crise na Síria: até quando?
Mulher segura uma criança ferida

  Foi necessário apenas especular que o Iraque detinha em seu território armas de destruição em massa. Para que os Estados Unidos da América, e os países aliados, se mobilizassem para invadir o país em um dos episódios mais lamentáveis da história moderna. No entanto, em um dos eventos mais sangrentos dos últimos tempos. A guerra civil Síria. A mesma mobilização não é vista. Centenas de milhares já perderam a vida, e até agora o que tem sido feito, foram apenas encontros diplomáticos entre os embaixadores da O.N.U(Organização das nações unidas), de países aliados da Síria, e aqueles que apoiam a causa rebelde. Sera que é certo invadir a Síria, e apoiar um dos lados? Não seria melhor deixar o próprio país se resolver? Bom, essas são perguntas que devido a suas complexidades, são quase impossíveis de se medir

Primavera Árabe: vale para a Síria? 

  Com a onde de revoluções que se abateu no Oriente médio e no norte da África. Diversos regimes ditatórias começaram a ruir em consequência de revoluções populares. Em muitos países onde o povo se mobilizou e foi as ruas para depor os ditadores, a situação se abrandou após a retirada voluntária, ou involuntária desses usurpadores. Como no caso da Líbia, onde o presidente Muammar al-Gaddafi foi morto por rebeldes(vídeo vazado no youtube, mostrando o corpo do Ditador Gaddafi). O país ainda sofre com a divisão politica, e alguns grupos ainda operam ataques armados no interior do país. No entanto, a grande agitação e violência de outrora, parece ter diminuído. No entanto na Síria, um dos últimos países a entrar na "primavera árabe" e praticamente o único a manter uma guerra civil. 
  Guerras civis, são a forma mais violenta de guerra que se conhece, devido ao seu potencial de dilacerar um país internamente como uma doença. Guerras civis, como já acontece no caso da Síria, podem causar problemas com países vizinhos. Crises diplomáticas são um problema em potencial também. Países aliados à setores dentro da guerra, financiam as operações deste grupo, e muitas vezes acabam se envolvendo tão diretamente na guerra, que acabam por si só, gerando outras. Milhares de pessoas já tiveram a vida ceifada pela guerra, e à cada dia, muitas outras são mortas. Então sera que as nações, que apenas assistem ao massacre, deveriam dar um fim ao combate? Um combate que ao longo do tempo, se mostrou mais como uma "chacina" do povo sírio?

O problema da intervenção internacional

  "Levar a paz", "levar a civilização", "levar a democracia", ou "levar a religião". Foram argumentos utilizados para invadir, conquistar e escravizar diversos territórios ao longo da História. Desde a Helenização grega, até a Eugenia de Hitler, nações superiores utilizaram argumentos de diversas ordens para dominar outras nações ou povos. Por mais caridosa que possa ser, a decisão de "ajudar o povo Sírio" poderia ser dramaticamente prejudicial. Uma intervenção por parte dos Estados Unidos, e de nações europeias em solo sírio, iria causar desacordos entre aliados do governo Bashar-al-Assad. Rússia e China, são países que compõe a bancada aliada a Síria. Caso as nações ocidentais, orquestrassem um ataque que visaria as baixas do lado de Assad. Poderia causar uma situação de cisma diplomático entre E.U.A e Rússia, que durante a guerra fria foram adversários silenciosos, e ainda hoje o são. Então percebemos que uma intervenção na Síria não seria o mais aconselhável a se fazer, ou poderíamos iniciar outras guerras.
 
Síria, e os países limítrofes
Mas deixar a situação como está, e esperar que fique tudo bem, é extremamente fantasiosa. Refugiados sírios, tem causado confusões em países limítrofes à Síria. Líbano, Turquia, Iraque e Israel. Recentemente na Turquia, uma bomba explodiu matando mais de 40, e ferindo no minimo 100 pessoas em um campo de refugiados sírios. Israel, também recentemente, atacou território sírio, gerando uma crise entre os dois países  e um contribuindo para o já existente cisma entre Israel e a Liga Árabe. A possibilidade de uma guerra acontecer devido a uma intervenção na Síria, é mais séria do que se pensa.

Deixar como está?

  Então o certo seria deixar como está? Por enquanto, uma intervenção militar na Síria, causaria uma confusão maior do que a própria guerra. O que os governos internacionais e a O.N.U devem fazer. E prestar ajuda aos refugiados, e tentar resolver diplomaticamente a situação. Apoiar grupos como a "Cruz Vermelha" que atua no país, salvando vidas. Pode parecer falta de vontade das nações por um fim ao combate, mas, infelizmente a questão e mais complexa do que se pensa. Todo cuidado é pouco em um mundo que ainda vive em uma tênue guerra fria.




  
  

  Para divulgar o blog, e ter uma interatividade maior com aqueles que o lerem, eu criei uma página do "Cerebelo" no Facebook. Por meio da página, irei publicar os posts do blog, e também material exclusivo produzido por mim. Como as páginas do Facebook são caracterizadas pela abordagem mais humorística. A página do blog seguira a tendência, mas é claro sem deixar sua missão de lado. Espalhar conhecimento, e levantar criticas, e novos modos de enxergar o mundo.

Segue o Link para a página(que ainda está em construção), quem puder curtir agradeço é muito!

Página no Facebook
A reação química mais bizarra do mundo
O vídeo abaixo mostra a decomposição do Tiocianato de Mércurio (II). Uma amostra bizarra de como a ciência pode ser surpreendente. Aproveitem!!


Três sintomas de uma civilização em crise.
Favela em Mumbai, Índia.
   Por nosso pequeno planeta azul, centenas de civilizações e grupos humanos já existiram ao longo das eras. No entanto, por razões conhecidas ou desconhecidas, essas civilizações cessaram de existir, ou se desmembraram em dezenas de tribos e grupos. Talvez os casos mais conhecidos, seja o das civilizações americanas, Maia e Inca. Muito antes da chegada dos europeus, essas civilizações já decaiam. Por guerra, doenças ou mudanças naturais, essas civilizações foram riscadas do mapa, apesar de continuarem culturalmente até hoje em dia. Mas estaria nossa civilização moderna, sujeita a tais infortúnios, como as civilizações da antiguidade?


Os três sintomas de uma crise - Destruição ambiental

  Assim como um doente, que convalesce no leito de um hospital, nossa civilização se bem analisada, pode nos dar através de seus sintomas, um diagnóstico preciso de sua doença. Nossa civilização assim como um doente, precisou ser infectada ou adquirir essa doença, que aqui chamaremos de "males do progresso". Todos os problemas que nossa civilização atual enfrenta, foram de certa forma, corriqueiras em nossa história. Não é de hoje que sofremos com as mudanças climáticas. Os caçadores e coletores de outrora, enfrentaram as mudanças climáticas do fim da era do gelo, e a constante escassez de alimentos causada por essa mudança nas temperaturas. Povos neolíticos que habitavam o Egito, milênios antes da formação da  1° dinastia, já enfrentavam o male da desertificação. Causada nesse contexto pela agricultura. É claro que em nossos tempos, as mudanças climáticas são mais alarmantes do as de antigamente, mas se caçadores e coletores sobreviveram ao degelo, e agricultores neolíticos, sobreviveram à desertificação do solo, teríamos a capacidade de sobreviver também?
  O problema real, e a magnitude do problema. Hoje em dia, uma combinação assustadora de elementos estão desencadeando em mudanças climáticas jamais vistas. Com a noticia recém publicada, de que a quantidade de Dióxido de Carbono na atmosfera superou sua marca simbólica de 400 partes por milhão(fonte). Diariamente, a quantidade de materiais químicos que jogamos na atmosfera, rios e no solo, é assustadoramente enorme. O que rapidamente tem causado, a acidificação das águas, do ar e do solo, assim como o aumento das temperaturas médias. O que ocasiona um desequilíbrio bio-químico, levando centenas de especies a extinção. Por mais belas que sejam as iniciativas de parar esse ciclo, nos tornamos auto-dependentes desses materiais, caso fossemos abdicar de carros, computadores e da eletricidade, colocaríamos um fim em nos mesmos. O constante descaso com a natureza, e um dos sintomas de uma civilização em crise.


Os três sintomas de uma crise - Desigualdade social

   A desigualdade entre os membros de um grupo, gera quase sempre conflitos. Como fica atestado em diversos episódios de nossa história, quase sempre esses conflitos são violentos. Desde o colapso da idade do Bronze, até a revolução Cubana, as classes sociais de uma civilização, travam um conflito por uma qualidade de vida superior, como já dizia Karl Marx, "A história de todas as sociedades até os nossos dias não foi senão a história das lutas de classes." As desigualdades levam à revoluções, que muitas vezes podem levar ao declínio de uma civilização. Essa regra não é imutável  muitas civilizações se beneficiaram em suas revoluções, no entanto, utilizo nesse contexto a palavra revolução, como uma disputa interna entre os setores da sociedade, que pode levar a destruição da mesma. Somos todos testemunhas de um evento dessa ordem. A Síria vem a mais de dois anos, se autodestruindo em uma guerra civil sangrenta e impiedosa. Apenas um retrato do que pode ser tornar a sociedade global como um todo nas próximas décadas.

Os três sintomas de uma crise - Crescimento populacional sem controle


  Talvez o principal de todos os sintomas, seja o do crescimento populacional sem controle. Quanto mais pessoas, mais recursos são necessários. É só pensar em nossas vidas domésticas. Quando vivemos somente em dois, a necessidade não é tão grande, como quando vivemos em quatro. Os integrantes novos de nossas famílias, precisão comer, vestir e ter suas necessidades atendidas. O mesmo acontece com cada integrante novo de nossa especie. Pegue como exemplo a China, com seus 1 bilhão e 500 milhões de habitantes. O país sofre com deficit de energia, e de alimentos. Boa parte da população vive na pobreza, enquanto outros em um estado de semi segregação. A Índia pode ser usada como exemplo também. Um país de um pouco mais de 1 bilhão de habitantes, onde metade desses habitantes vivem em um estado de pobreza extrema, como mostrado na imagem acima, em níveis que assustariam até mesmo um morador de uma comunidade do Rio de Janeiro.
  Com os métodos contraceptivos, o número de nascimentos caiu, no entanto, somente em países desenvolvidos. A Europa atualmente, sofre com o envelhecimento de sua população, e a falta de jovens para ocupar as vagas no mercado de trabalho. Isso acontece devido ao sistema capitalista em que vivemos, onde esses indivíduos mais velhos, são um "fardo" para o governo, que tem que sustentá-los. O modelo capitalista exige que os seres humanos procriem, para que a economia se mantenha. Apesar da diminuição nos nascimentos em países desenvolvidos, países mais pobres como os da África subsaariana, e os da Ásia seguem na direção oposta. Segundo cálculos, nossa população vai atingir o número de 9 bilhões de pessoas em 2050. Fica a pergunta: como iremos alimentar 9 bilhões de seres humanos? Como o planeta ira sustentar um aumento da exploração dos recursos humanos?

Uma receita médica

    Essas são perguntas que devemos tentar responder nas próximas décadas. Caso contrário, iremos enfrentar a maior crise que a humanidade já enfrentou. A dez anos, já se pensava em criar uma sociedade mais ecológica e igualitária, mas como se viu, nenhuma das metas estipuladas foram concretizadas. Na contramão de nossos acordos, alguns países continuam teimando em utilizar combustíveis fosseis, ao invés de pesquisar fontes de energia renováveis e limpas. Sera que precisamos mesmo de tudo o que temos e consumimos? Ou boa parte do que utilizamos poderia ser descartado. Mas a mensagem principal que fica é a de que toda civilização que existiu nesse planeta, teve seu momento de gloria e avanços, e o seus momentos negros de destruição e caos. O nosso pode estar mais próximo do que imaginamos.



                                         
   Já faz algum tempo, que não posto nada nesse blog, que foi por alguns meses de 2011 e 2012, um verdadeiro formador de caráter. Pela rotina do dia à dia, fui me distanciando cada vez mais daqui. No fim de 2012, entrei para uma empresa que sugou minha paciência até as ultimas, em um trabalho totalmente desinteressante e cansativo. No começo deste ano, as coisas voltaram ao normal, agora tenho um tempo livro para me dedicar à esse blog uma vez mais, e compartilhar com aqueles que aqui entrarem, meu conhecimento.
    Para todos aqueles que entrarem no blog, espero que saiam daqui com pensamentos novos. Critiquem ao máximo minhas postagens, claro sem ser ignorante e estúpido. Vivemos em uma época em que um cidadão comum, como eu, tem a possibilidade de ser ouvido por milhões de pessoas. Uma oportunidade que filósofos da antiguidade e escritores da modernidade não possuíam. Sem mais à falar, aproveitem os textos futuros.

Crise na Síria: até quando?

Página do blog, agora no Facebook

A reação química mais bizarra do mundo

Três sintomas de uma civilização em crise.

Por onde andavas? Senhor blogueiro.